O MERCADO E A PONTE…………

Agora é que estamos MESMO a caminho do norte da TAILÂNDIA sendo que a próxima paragem vai ser a ex-capital,a cidade de AYUTTHAYAsupostamente interessante o suficiente para uma paragem de pelo menos 1 dia ; acabámos de visitar o histórico lugar onde se situa a PONTE SOBRE O RIO KWAI (ou KWAE se formos tailandeses…..); ora bem,primeiro que tudo…….a ponte original já não existe pois foi substituida por uma igual mas construída em ferro,exactamente com o mesmo desenho e tamanho; turistas??? às centenas,de todas as nacionalidades,tirando milhões de fotos em todos os angulos imaginários! lojas de artesanato por todo o lado com preços aceitáveis- – – – – – apenas em BKK  o artesanato sobe de preço exageradamente. Todo o local está atraente com pequenos barcos que efectuam percursos organizados pelo rio ; há dois bons resorts de elevada categoria,mesmo à beira do rio ( nós ficámos num deles ),muitas lojas de souvenirs e artesanato,belíssimos restaurantes e incontáveis ”tasquinhas” de rua – – – – – – – – – – – será que os tailandeses fazem algo mais do que comer??????? eu nunca vi nenhum povo que comesse tanto e a toda a hora !!!!!!!!!!!!!!! Há muitas atrações não muito longe deste local,tais como um museu militar,um cemitério da 2ª guerra mundial extremamente bem cuidado e alvo de muitas visitas,um park zoo,uma monkey farm,etc,etc; muitos turistas optam por ficar na zona um par de dias em vez de visitarem o local em um só dia vindos de BKK,já que vale a pena ; alternativamente,pode-se fazer como nós fizémos isto é,vir de BKK ao mercado flutuante de DAMNOEN SADUAK passar lá 1 dia e em seguida fazer um desvio para norte e ir para KANCHANABURI  cidade onde se situa a PONTE SOBRE O RIO KWAI.

Esta ponte,hoje em dia em ferro,tem curiosidades interessantes tais como por exemplo duas das suas enormes vigas em ferro grossíssimo foram doadas pelos japoneses- – – – – – – – – – – – – – – – eventualmente com remorsos pelos males que fizeram aquando da construção da ponte original !!! Os japoneses conceberam esta ponte como parte de um enorme projecto que era uma grande linha férrea ligando a BIRMÂNIA ao SIÃO,depois dos aliados terem bloqueado as vias marítimas ; foi utilizada massissamente mão-de-obra escrava tanto de asiáticos como de aliados  ( cerca de 400.000 prisioneiros no total ),daí o célebre filme de DAVID LEAN ; afinal a ponte durou muito pouco tempo,menos de 3 anos !!! Assiste-se a verdadeiras peregrinações ,muitos dos visitantes são certamente descendentes dos prisioneiros que construiram a ponte original………

Conforme eu tinha imaginado,o problema do pouco armanezamento de energia nas baterias da AC consistia exactamente no facto de a primeira bateria estar ”doente” e por conseguinte ,não deixar alimentar devidamente as outras duas baterias,tanto pelos painéis solares como pelo alternador e bateria do carro; vimos uma enorme oficina de pneus e baterias e após muita mímica e desenhos lá me fiz entender !!! Para testar se a primeira bateria estava realmente incapaz havia que retirar o banco do pendura,o que foi feito ; feitos os devidos testes chegou-se à conclusão que realmente estava incapaz e comprou-se outra : estamos sempre nos 12.8 a 13 volts e…..mais não podíamos pedir !!!!!!

Acho que mais importante do que lerem por onde andámos e o que temos andado a fazer,querem é ver fotos ,não é ???? Pois elas aqui estão :

ESTE MERECADO É SEM DÚVIDA UM VERDADEIRO ESPECTÁCULO DE COR,VALE A PENA A VISITA NESSE ASPECTO CONTUDO NO QUE RESPEITA À AUTENTICIDADE O MESMO DEIXA MUITO A DESEJAR POIS A SATURAÇÃO DE TURISTAS É TAL E A QUANTIDADE AVASSALADORA DE ITEMS À VENDA PARA TURISTAS É TANTA QUE RETIRAM AUTENTICIDADE AO MESMO……………. !!! Já se vê muito pouco do que era o verdadeiro MERCADO onde os géneros alimentícios à venda eram muitos e a confecção das comidas nas pirogas abundava,hoje em dia assiste-se sobretudo às vendas para turistas!!!! MUITO DIFERENTE DO QUE EU PRESENCIEI HÁ MAIS DE 30 ANOS……………………………

ENTRETANTO SOBRE A PONTE DO RIO KWAI, os interessados deviam ler algo sobre a sua VERDADEIRA ESTÓRIA ,já que a que o célebre filme conta é demasiado empolada e foge bastante da realidade; de qualquer forma,o certo é que por causa do filme e não por causa da verdadeira estória , os tailandeses esfregam as mãos de contentes com tantos ocidentais nesta zona !!!De qualquer modo,a zona é muito bonita,o rio muito atraente e aqui ficam algumas fotos do local :

A PONTE SOBRE O RIO KWAI

Temos apanhado chuva grossa praticamente todos os dias nas ultimas 5-7 semanas pois é a altura dela ! Contudo as chuvadas duram uma ou duas horas,deixam tudo alagado e depois vem o forte calor que rapida e eficientemente tudo seca à sua volta ! Esta não é a melhor altura para se gozar a praia , estamos no entanto confiantes que no VIETNAME já iremos apanhar uns dias jeitosos para ir a banhos……

A ”estrelinha” continua a portar-se lindamente no que respeita a motor,mecânica,etc apenas temos a lamentar o facto de ,quando está bem na horizontal,deixa entrar alguma água através do tejadilho e,por o mesmo estar apejado de acessórios ( 3 painéis solares , 3 pneus , caixa grande , antena  da tv ) eventualmente algum dos furos deixa passar água e o certo é que a meio do tecto interior pinga……forte !!!! A solução é,quando chove,pomos a AC inclinada de lado afim de a água escorrer de imediato : REMÉDIO SANTO !!! Mais um problema para a SOLVANA resolver………….INTÉ!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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8 comentários para “O MERCADO E A PONTE…………”

  1. estrela diz:

    Ora cá estão as tais fotos do mercado que te falei alguns dias atrás. SIMPLESMENTE uma delícia! Nunca fui a essas paragens mas tinha na minha memória (dos muitos filmes que vi pós-guerra sobre essa zona) as imagens que tiraste desse explêndido mercado fluvial. É um deslumbramento para os olhos. A cor, o movimento, a variedade e, sobretudo, o insólito. Mas 40/50 anos atrás não era assim tão “arrumadinho”, tão “higiénico”. Viam-se pirogas com os alimentos para venda, miúdos a banharem-se nus nas águas turvas, mulheres a lavar roupa e louças nas mesmas águas, homens e mulheres a lavar os dentes com a água que retiravam com a mão directamente do rio,metidos nas águas até à cintura, animais nadando e restos de comidas e lixos variados a serem despejados nas mesmíssimas águas, crianças a fazerem as suas necessidades directamente para o rio! Consegue-se imaginar tal coisa???? Pois é, mas era assim mesmo, quando muitos desses filmes pós guerra foram feitos.E não só, o famoso “Mundo Cão”, numa das suas versões, também abordava tudo isto que descrevi. Sorte a vossa que podem ver pessoalmente estas diferenças culturais.
    As fotos estão lindas, bem tiradas e nítidas.
    E sobre os elefantes desta manhã, tiraste alguma coisa? …aquele que tocava harmónica de beiços era um querido! …aliás, todos eles! E muito bem tratados.
    Aproveitem os SPA’s todos que puderem! …e os resort’s…

    Divirtam-se!

    • admin diz:

      como eu disse anteriormente,a tailândia mudou muito no que respeita a modernidade e higiene APESAR DE AINDA TEREM DE MELHORAR MUITO MAIS………
      O que se viu no ”mundo cão” já não existe! mas ”isto” continua a ser um país FABULOSO para se visitar demoradamente pois tem tanto para ver e conhecer e provar e comprar……..,não é em vão que é o país asiático que recebe mais turistas de todo mundo…..
      beijos

  2. Ana Pressler diz:

    Ida ao médico? Mas vocês os 2 têm 1 ar tão saudavel. até estão + novinhos de tão felizes além de + ricos!Ricos de experiencias,conhecimentos,culturas,historias…Confesso k ás vezes levo algum tempo a vir aki, pelo k quando venho demoro imenso tempo p conseguir ver e ler tudo.
    Não consegues arranjar por aí 1a mastique cola e veda???Davas 1 pulinho ao tejadilho e aplicavas 1 poukinho á volta de todos os buracos k foram feitos. Tadinha da minha AC favorita, assim vai ficar muito estragadinha por dentro c tanta chuva…Já investiguei e a companhia k transporta veiculos p Setubal é a Grimaldi! Senão tens a MSC (Mediterranean Shiping Company) para 1a flat direitinha a Sines.Os navios são deles e vêm cá parar. Beijinhos p vós
    Ana Pressler

    • admin diz:

      olá ana ! já há muito tempo que não comentavas…..
      muito obrigado pelas ”dicas” de navegação,eu já tinha pensado contactar a MSC mas a GRIMALDI,esse monstro de transportes,não sabia que escalava a ásia : ONDE?????singapura????,port klang????QUE ESCALAS FAZEM?????
      no que respeita à entrada de água,repara que eu não tenho possibilidade de sozinho retirar tudo do tejadilho pois há furações semi-ocultas,eu tinha possibilidade de arranjar mastik mas não creio que fosse resultar…..feito por mim !
      um abraço e mais uma vez obrigado pelo teu apoio
      david+marilia

  3. Há muitos anos, um filme famoso narrou a história de um excêntrico coronel britânico que comandou as suas tropas, todos prisioneiros dos japoneses, na construção de uma ponte ferroviária na Tailândia. O filme recebeu o título de A Ponte do Rio Kwai.

    Tanto o filme quanto o livro que o inspirou foram baseados em fatos reais, mas se desviaram um pouco da realidade. O que de fato aconteceu em Chungkai, o campo de concentração localizado na fronteira da Tailândia, é mais emocionante e mais maravilhoso do que qualquer coisa retratada no filme. Ernest Gordon, oficial escocês que esteve lá e sobreviveu contrariando todas as expectativas, escreveu o verdadeiro relato dessa história em Through the Valley of the Kwai [Pelo Vale do Kwai].

    Com a queda de Cingapura na Segunda Guerra Mundial, o exército japonês assumia o controle do sudeste da Ásia com muita rapidez. Estavam tomando conta da Nova Guiné e prestes a controlar a Austrália. Um prêmio ainda maior chamava a atenção na Índia, mas a marinha britânica patrulhava os mares. Uma estrada de ferro ligava o norte de Cingapura à fronteira tailandesa. Outra ligava a Birmânia à Índia. Se pudessem ligar Chungkai à Birmânia, seriam capazes de atacar a Índia por terra.

    Os prisioneiros de guerra foram forçados a trabalhar a fim de traçar uma rota pela selva asiática. Descalços e vestindo apenas tangas, os prisioneiros trabalhavam das cinco e meia da manhã até tarde da noite num calor de 48 ºC. Os guardas gritavam a todo instante: “Mais rápido! Mais rápido!” Com os pés cortados e machucados, insetos subindo-lhes pelo corpo suado, os prisioneiros trabalhavam arduamente para concluir a tarefa. A porção de comida era insuficiente. Os homens caíam ao chão e morriam como se fossem mosquitos devido à sede, exaustão, doenças e fome.

    A estrada de ferro levou um ano para ser terminada. Seus 402 quilômetros de extensão ceifaram mais de 100.000 vidas. À medida que os prisioneiros adoeciam, eram enviados de volta para Chungkai. O campo de concentração, que passou a abrigar aproximadamente 8.000 homens famintos e doentes, se tornou um inferno na Terra, local em que o egoísmo, o ódio e o medo imperavam.

    Se alguma vez o pecado aumentou, ele aumentou em Chungkai. Mas a graça de Deus começou a penetrar aquele buraco do inferno devagar e de forma imperceptível, até que, onde aumentou o pecado, passou a transbordar a graça.

  4. Diná Soares diz:

    Ernest Gordon, que narrou a história do milagre às margens do rio Kwai, fez sua cama no inferno. Já sofrendo de disenteria, malária, infecção sanguínea e beribéri, contraiu também difteria, o que significava que não podia mais trabalhar na estrada de ferro. Gordon foi enviado para a Casa da Morte, apelido que o terrível hospital do campo de concentração recebeu. Localizado num oceano de lama no ponto mais baixo do campo, o “hospital” estava repleto de centenas de homens à beira da morte, cobertos da cabeça aos pés de moscas, percevejos e piolhos. Parecia mais um cemitério fétido de seres humanos desesperados em estado de putrefação.

    Alguns amigos o procuraram, o encontraram entre os corpos em deterioração e o carregaram numa maca para uma pequena cabana que haviam construído. Banharam-no, limparam as feridas de suas pernas e fizeram-lhe curativos. Prepararam comida para ele e lhe aplicaram massagens. Pouco a pouco, a sensibilidade dos membros de Gordon começou a voltar. Contrariando todas as expectativas, ele sobreviveu.

    Essa demonstração de compaixão fez parte de um fenômeno muito mais amplo que ocorreu no campo de concentração. O que estava acontecendo em Chungkai? Algumas histórias começaram a circular sobre soldados tementes a Jesus Cristo que haviam sacrificado a vida em atos de abnegação, heroísmo, fé e amor. Ouviu-se, por exemplo, a respeito de um homem grande e forte que de repente desmaiou e morreu de fome porque havia dado suas porções de comida para um amigo doente, que se recuperou. Outro soldado assumiu a culpa do sumiço de uma pá e foi espancado até a morte. (Naquela noite, ao serem contadas as ferramentas, não faltava nenhuma.) E muitos outros relatos assim.

    Essas demonstrações da graça contagiaram o campo. Os prisioneiros trocaram a lei da selva pela lei de Cristo. Começaram a ajudar uns aos outros. Começaram a confeccionar braços e pernas artificiais, a preparar remédios com as plantas medicinais da selva. Passaram a realizar funerais em vez de queimar os mortos empilhados uns sobre os outros. Construíram uma capela, faziam cultos e realizavam batismos. Deram início a uma universidade na selva e frequentavam às aulas. Formaram uma orquestra. Voltaram a sorrir, a dar risada e a cantar.

    Ernest Gordon se tornou cristão. Ao fim da guerra, estudou teologia e, mais tarde, se tornou o capelão da Universidade de Princeton. Grande é o poder do pecado, mas a graça é ainda mais poderosa.

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